Agosto Dourado reforça a importância do aleitamento materno para a saúde de mães e bebês

Por meio do leite materno, o bebê recebe os anticorpos da mãe, que protegem contra doenças como diarreia e infecções, principalmente as respiratórias

07/08/2025

Agosto Dourado reforça a importância do aleitamento materno para a saúde de mães e bebês

Estudo ressalta a importância do aleitamento materno (Marcos Santos/USP Imagens)

Em 1992, foi criada a Semana Mundial do Aleitamento Materno em mais de 170 países, entre eles o Brasil. O leite materno é o alimento mais completo que existe para os recém-nascidos, de vez que contém todos os nutrientes que o bebê precisa nos primeiros meses de vida, além de anticorpos que ajudam a proteger contra infecções, alergias e diversas doenças.

A pediatra Valdenise Martins Laurindo Tuma Calil, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP  e coordenadora médica do Centro Neonatal do Instituto da Criança (ICr) e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), aborda alguns desses benefícios para o recém-nascido, como prevenção de doenças crônicas na vida adulta da criança, obesidade e diabetes. Por meio do leite materno, o bebê recebe os anticorpos da mãe, que protegem contra doenças como diarreia e infecções, principalmente as respiratórias. 

Demais benefícios

O risco de asma é menor em crianças amamentadas, mesmo depois que elas param de mamar. A amamentação é, ainda, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração. Mas os benefícios não são restritos somente aos bebês, mas valem igualmente para a saúde materna – o  vínculo entre mãe e filho reduz o risco de depressão pós-parto, assim como os de câncer de mama e ovário, entre outros. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ideal é que o bebê seja amamentado exclusivamente até os 6 meses de idade, sem chás ou outros alimentos. A amamentação pode e deve continuar até os 2 anos ou mais. A especialista do Instituto da Criança da USP acrescenta que o aleitamento evita mortes de crianças até os 5 anos. 


Por Sandra Capomaccio

Fonte: USP